Nos últimos anos, o Brasil tem vivenciado uma das suas maiores crises políticas. A corrupção escancarada e os escândalos de lavagem de dinheiro em grandes empresas e partidos políticos levaram a população brasileira a questionar a efetividade da democracia. Nessas condições, é natural que grande parte da população se afaste da política e fique descrente nos candidatos que se apresentam às eleições.

Entretanto, esses fatos não diminuem a importância da escolha consciente e informada dos representantes do povo. Nesse sentido, é fundamental discutir a ideologia dos candidatos e suas propostas para o país, em detrimento da polarização que divide a opinião pública.

A polarização é um fenômeno que vem se intensificando com a utilização das redes sociais. A partir da produção de informações distorcidas e falsas, muitos eleitores tomam partido sem avaliar as propostas dos candidatos e as consequências das suas escolhas. Em vez disso, polarizam-se em defesa de uma ideologia ou em oposição a outra, sem um pensamento crítico e consciente.

Por isso, é importante que o cidadão faça uma avaliação crítica dos candidatos e de suas respectivas propostas. Buscar informações em veículos confiáveis e se informar sobre o passado e as ideias do candidato é essencial para uma escolha consciente e informada.

Por outro lado, a avaliação da ideologia do candidato é um aspecto fundamental durante o processo de avaliação. Isso porque, as propostas de campanha traduzem a ideologia e as concepções políticas do candidato. Cada partido possui uma plataforma e uma base ideológica que fundamenta suas propostas, que podem ir ao encontro ou contrariar os valores e os interesses do eleitor.

Desse modo, a escolha consciente e informada não é apenas uma questão de direitos democráticos, mas também de responsabilidade política. Em um cenário de crise política e de desilusão com a democracia, é fundamental a seleção de representantes que sejam capazes de representar os interesses do povo e levar o país a um lugar de desenvolvimento e respeito aos direitos humanos.

Portanto, o eleitor deve se despir da polarização e da escolha pelo simples simpatia ou antipatia ao candidato. Para que eleição não seja apenas uma questão de escolha, mas também de construção de um futuro melhor e mais justo para todos.